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Liderança Feminina em Pauta!

Desde os primórdios e em diferentes civilizações, o gênero feminino foi taxado como “frágil”, onde as mulheres se limitavam aos afazeres domésticos e a cuidar dos filhos. Atualmente este quadro tem mudado, não de forma gritante, porém notável. De acordo um o Sebrae, hoje, as 9,3 milhões de mulheres que estão à frente de um negócio representam 34% de todos os donos de negócios formais ou informais no Brasil. Ainda é um número consideravelmente pequeno, mas esperamos um aumento com o passar dos anos. Entre 49 países do mundo, o Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os “Empreendedores Iniciais”, de acordo com o Sebrae. Essas mulheres têm feito um excelente trabalho encorajando outras mulheres a entrarem no mercado empreendedor.

No dia 23 de abril, uma das fundadoras do L’Oasi Coworking, Giovanna Siracusa, foi convidada a participar da “Live” no quadro “Mulheres que Inspiram” da empresa de contabilidade Campos & Canale sobre empreendedorismo feminino. O bate-papo abordou temas interessantes, como a “timidez” da liderança feminina mundialmente e trouxe alguns dados curiosos. Tanto pela questão de tempo e realização pessoal, como por uma questão cultural, mulheres em cargos executivos mais altos ainda é minoria. Cerca de 1/3 das mulheres com tais cargos possuem filhos, enquanto esta proporção é de 2/3 para os homens. Em alguns casos, a decisão de crescer na carreira profissional é uma escolha para as mulheres que implica em abrir mão de ter filhos, o que parece não funcionar da mesma forma para homens que podem seguir com ambas as opções. Além dessas questões como tempo / realizações pessoais, parece que há também uma questão cultural. Segundo a COO do Facebook, Sheryl Sanderg, em sua palestra no TED, “Por que temos tão poucas líderes”, muitas vezes as mulheres se subestimam. Como exemplo, citou estudos curiosos:

1) Em qualificações de emprego, enquanto os homens, na média, quando atendem 60% dos requisitos, se candidatam para a vaga, essa porcentagem chega a 100% para as mulheres;

2) Cerca de 57% dos homens negocia com o potencial empregador seu primeiro salário, mas essa porcentagem cai para 7% nas mulheres!

Desde criança, os meninos são criados para serem corajosos, tomarem riscos e as mulheres, para cuidar e serem cautelosas. De modo geral, as mulheres atribuem seu sucesso a fatores externos. Seria preciso mudar esta mentalidade e incentivar as mulheres a acreditarem em seu potencial para exercer cargos de liderança!

Por outro lado, a Forbes publicou recentemente um tema atual que mostra claramente a liderança feminina em sua prática: mulheres líderes de países cujas ações tomadas foram um diferencial no combate ao coronavírus. A primeira ministra da Nova Zelândia tomou medidas drásticas, fechando fronteiras, proibindo aglomerações e até diminuindo 20% dos salários de ministros por seis meses. Hoje, o país é o único do mundo que não tem mais nenhum novo registro de Covid-19. Na Alemanha, um estudo apontou que o país teria 1,8 milhão de infectados (10 vezes maior que o atual), caso as medidas não tivessem sido implementadas pela primeira ministra Angela Merkel. Já em Taiwan, que oficialmente faz parte da China, mas, na prática, funciona como um país soberano, a presidente Tsai Ing-wen criou imediatamente um centro de controle de epidemias e tomou medidas para rastrear infecções. O país registrou seis mortes entre seus 24 milhões de habitantes. Esses dados colaboram fortemente para a visibilidade feminina em cargos de grande importância.

O L’Oasi Coworking também é fruto do empreendedorismo feminino. Foi fundado pelas irmãs: a arquiteta e designer de interiores Giulianna Siracusa e a administradora de empresas Giovanna Siracusa! Esperamos incentivar mais mulheres a compartilharem com os homens a liderança do mundo dos negócios =)